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Madeira: 15 propostas para conhecer no Funchal

Muito há para ver e visitar no Funchal. Selecionámos 15 propostas, para conhecer diversas facetas da cidade.

 

Capital do Arquipélago da Madeira, a cidade do Funchal combina, de forma bastante atrativa, os locais de interesse histórico e cultural com os espaços de natureza e lazer.

Eis as nossas propostas.

1. Parque de Santa Catarina

Localizado entre a Avenida Sá Carneiro e a Avenida do Infante, o Parque de Santa Catarina tem cerca de 36 quilómetros quadrados e foi construído no espaço de um antigo cemitério. Atualmente, é utilizado com regularidade para eventos artísticos e culturais.

Repare nas diversas esculturas espalhadas pelo jardim, representando figuras notáveis como o infante D. Henrique, Cristóvão Colombo e Gago Coutinho. É também neste jardim que poderá encontrar a Capela de Santa Catarina, datada de 1425 e mandada construir por Dona Constança, mulher do navegador João Gonçalves Zarco.

2. Teatro Municipal Baltazar Dias

Na Avenida Arriaga, encontra o Teatro Municipal Baltazar Dias. Aqui, o ambiente é moderno, sem deixar de ser requintado. Espreite a magnífica cafetaria, já dentro do edifício, e aprecie a decoração. Se as portas principais estiverem abertas, não deixe ainda de dar uma vista de olhos à sala de espetáculos: tanto a arquitetura como a decoração são magníficas.

3. Jardim Municipal

Apesar de ocupar uma área relativamente pequena, o Jardim Municipal do Funchal possui recantos de grande beleza, gerada essencialmente pela diversidade de vegetação que encerra. A maioria das árvores dispõe de tabuletas com o nome vulgar e a designação científica de cada espécie, assim como o seu local de origem. Em suma, este é um autêntico jardim botânico mesmo no centro da cidade.

4. Blandy’s Wine Lodge

Ainda na Avenida Arriaga, encontra a Blandy’s Wine Lodge e a respetiva Loja do Vinho. Este espaço, conhecido como Adegas ou Arcadas de São Francisco, ocupa o que restou do convento da Ordem Franciscana, demolido em 1473. Do edifício antigo reconhecem‑se apenas alguns antigos armazéns, uma rua calcetada com o característico calhau rolado e os restos do que parece ter sido uma capela.

Além dos aspetos arquitetónicos, apresenta um acervo museológico considerável (cartas, documentos, livros, máquinas diversas usadas em tempos remotos, etc.) relacionado com a história da produção do vinho da Madeira, desde a vinha até ao engarrafamento. As adegas propriamente ditas albergam milhares de litros de vinho que maturam em tonéis e tubas tradicionais de mogno e carvalho.

Na Blandy's Wine Lodge pode encontrar vinho engarrafado por altura da Grande Guerra.

 

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5. Museu Militar

Na Avenida Zarco, em direção ao mar, vai encontrar o Palácio de São Lourenço, local onde se encontra instalado o Comando Militar da Madeira. Logo à entrada do Museu Militar, olhe para o teto e veja como se lançava antigamente uma enorme abóbada apenas com lajes de tijoleira.

A parte mais antiga do espaço desenvolve‑se por três salas amplas, onde pode apreciar várias coleções de armamento desde o século XVIII até à atualidade. A exposição também faz uma panorâmica da evolução da construção da fortaleza e do papel desempenhado pela Madeira na história militar portuguesa.

6. Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s

Na Rua da Carreira, o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s merece uma visita. Este espaço foi renovado e contém o registo documental da vida na ilha nos chamados “anos de ouro da Madeira”, através da coleção de cerca de 800 mil negativos do fotógrafo Vicente Gomes da Silva. Terá sido ele que, em meados do século XIX, montou este estúdio fotográfico, que se manteve em funcionamento ao longo de várias gerações. Desde 1978 que tanto o estúdio, com os seus cenários e a câmara escura, como todo o seu espólio de imagens e equipamento fotográfico, foram adquiridos pelo Estado.

O edifício do museu e respetivo espólio são propriedade do Estado.

 

7. Museu de Óptica da Madeira

Um bom complemento da proposta anterior é o Museu de Óptica da Madeira, no número 51 da Rua das Pretas. Ali poderá apreciar uma variada coleção de dispositivos óticos que foram adquiridos pelos proprietários do espaço ao longo de décadas de viagens um pouco por todo o mundo. São câmaras fotográficas e de filmar, projetores de slides e de fitas de cinema, binóculos, telescópios e muitos outros equipamentos fabricados desde o século XVIII até aos nossos dias.

8. Museu de História Natural

O Museu de História Natural, na Rua da Mouraria, é o mais antigo museu em funcionamento na cidade e uma das mais significativas obras de arquitetura civil portuguesa do século XVIII na ilha. No rés-do-chão existe um pequeno aquário público, que se encontra encerrado para obras de beneficiação. No andar superior, não estranhe se sentir estar numa máquina do tempo a recuar um bom par de séculos. Deixe‑se seduzir pelo ambiente romântico e descubra o que foi a museologia de história natural há 200 anos, ou seja, veja um museu dentro de outro museu.

9. Sé Catedral

A Sé Catedral do Funchal é uma das obras mais emblemáticas do período manuelino. Para lá das portadas em linhas góticas, encontrará uma nave ampla e de decoração sóbria, num estilo hispano‑árabe e romano‑gótico. Repare nos ornamentos de talha dourada dos séculos XVII e XVIII. A igreja data de 1514 e ostenta um teto mourisco belo e rico, construído com madeira de cedro da ilha.

Logo à entrada, olhe para o chão e aprecie a pedra tumular com o brasão com conchas, folhas de parreira, cabras e flores. Este é um belo trabalho de escultura que tem resistido bem ao desgaste provocado pela passagem de centenas de anos e milhares de solas de sapatos.

10. Museu de Arte Sacra

Logo à entrada do Museu de Arte Sacra do Funchal, na Rua do Bispo, observe a escadaria de pedra escura e a calçada de calhaus rolados, pretos e brancos, muito comum na Madeira, cujo trabalho de execução ultrapassa bastante o da tradicional calçada portuguesa do Continente: os seixos rolados são colocados ao alto para poderem ficar mais bem fixos na argamassa, e têm de ser bem escolhidos para haver uniformidade nos tamanhos, o que é bastante trabalhoso.

Suba ao museu, onde irá encontrar uma vasta coleção de pintura, escultura e ourivesaria. A conjugação da traça antiga do edifício com um ambiente moderno de exposição foi muito bem conseguida. Existe também uma coleção de paramentos com exemplares dos séculos XVII e XVIII bordados a ouro e a prata, com pedrarias. Não deixe também de visitar a torre‑varanda‑mirante, no último andar do edifício. Aprecie a magnífica vista panorâmica sobre a cidade que dali se usufrui.

11. Fundação Livraria Esperança

Na Rua dos Ferreiros, prepare-se para aquilo que mais se poderá assemelhar a uma psicadélica viagem literária. A Fundação Livraria Esperança mostra‑lhe uma livraria como provavelmente nunca viu: os milhares de obras que enchem os vários andares, escadarias e anexos deste enorme palacete estão todos expostos, não com a lombada virada para fora (como é usual nas prateleiras das livrarias), mas com a capa em destaque.

Depois da estranheza inicial, cedo perceberá que é muito mais fácil procurar uma obra com interesse com esta disposição do que tentando ler milhares de lombadas com a cabeça de lado. Sobretudo se gosta de livros, esta é uma experiência a não perder, um daqueles sítios que vale a pena ver pelo menos uma vez na vida.

E, já agora, no primeiro andar, deixe subir o olhar e aprecie a beleza dos tetos trabalhados.

12. Fábrica Santo António

Outro local de paragem obrigatória, nomeadamente para comprar ou provar iguarias madeirenses, é a Fábrica Santo António, uma das mais antigas fábricas de doçaria de Portugal, localizada na Travessa do Forno. Com mais de cem anos de existência, e passando de geração em geração sempre na mesma família, enche os olhos dos visitantes com bolachas de gengibre, bolos de mel, rebuçados de funcho e outras coisas doces.

O mobiliário da loja foi mantido ao longo dos tempos e confere ao estabelecimento um ar romântico muito acolhedor.

13. Casa Bordal

Na Rua Dr. Fernão Ornelas, a principal artéria dedicada ao comércio do Funchal, é provável que encontre uma senhora a bordar à porta do número 77. Se aquele trabalho lhe suscita interesse, suba ao primeiro andar para visitar a Bordal – Bordados da Madeira, que é um dos principais e mais antigos fabricantes de bordados da Madeira.

À porta da Bordal, uma bordadeira tradicional.

 

A loja, repleta de tudo o que de melhor se faz a nível de bordados da Madeira, serve de entrada para a fábrica, no segundo andar, onde poderá perceber como os moldes antigos desenhados em papel são reproduzidos no pano por picotado e tinta, como se faz a lavagem dos tecidos, a minúcia dos pontos de bordado, etc. Estas “visitas históricas” duram cerca de dez minutos e são gratuitas.

14. Mercado dos Lavradores

A melhor altura para chegar ao Mercado dos Lavradores é bem cedo, quando o espaço pulula de vida. À porta, floristas com cabazes cheios destacam‑se em frente de um painel de azulejos azuis e brancos da Faiança Battistini, de Maria de Portugal, a reproduzir uma cena do Funchal antigo.

15. Jardim Botânico

Situado numa zona alta e desafogada, o Jardim Botânico da Madeira tem uma área de cerca de oito hectares e alberga cerca de três mil espécies de plantas provenientes de todas as partes do mundo e algumas endémicas da Madeira. Estão quase todas bem identificadas pelo respetivo nome vulgar e pela designação científica. O jardim está impecavelmente arranjado e tem muitos recantos acolhedores onde apetece passear com toda a calma, desfrutando da exuberância vegetal.

À entrada, no museu, aprecie animais naturalizados colhidos no arquipélago e uma vasta coleção de minerais, rochas e fósseis. Este museu constitui uma relíquia da museologia de história natural desde há dois séculos: com os animais empalhados e as pesadas vitrinas de madeira escura, assume um elevado interesse didático.

Leve este guia quando andar pelas Ilhas