DECO PROTeste Casa - preços das casas aumentaram terceiro trimestre 2022

Preços das casas aumentaram 13% no terceiro trimestre de 2022

Neste período, foram transacionadas, em Portugal, 42 223 casas, menos 2,8% do que no terceiro trimestre de 2021. Ainda assim, o valor transacionado atingiu os 8,1 mil milhões de euros, mais 9,6% do que em período homólogo.

O índice de preços da habitação aumentou 13,1% no terceiro trimestre de 2022, face ao mesmo período do ano anterior. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam também que, entre julho e setembro de 2022, foram transacionadas, em Portugal, 42 223 habitações, menos 3,2% do que no trimestre anterior e menos 2,8% do que no mesmo período de 2021. Já no que toca ao valor das habitações transacionadas, este atingiu um total de 8,1 mil milhões de euros, mais 9,6% do que em período homólogo. No entanto, em comparação com o segundo trimestre de 2022, este montante diminuiu 2,9 por cento.

Dos 42 223 imóveis transacionados, 2767 foram adquiridos por compradores estrangeiros, o que representa um aumento homólogo de 12,6 por cento. Mais de metade destas transações (1486) são relativas a compradores com domicílio fiscal na União Europeia.

Recuando ao início do ano, entre janeiro e setembro, venderam-se 129 374 mil imóveis, em Portugal, por 24 421 milhões de euros. Números acima dos registados em 2021, quando, em igual período, foram transacionadas 119 797 mil habitações por 19 874 milhões de euros. Tomando por base estes números, o preço médio das casas, ao nível nacional, passou de 165,9 mil euros, nos primeiros nove meses de 2021, para 188,8 mil euros, em igual período de 2022.

Algarve sofreu maior descida no número de transações

Com 12 461 transações, no terceiro trimestre de 2022, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 29,5% do total nacional, registando, pela primeira vez, desde o primeiro trimestre de 2013, um peso relativo inferior a 30 por cento. Já em termos de montantes, esta região concentrou 42,1% do total, ou seja, 3,4 mil milhões de euros.

No Norte, registaram-se 11 995 transações, que correspondem a 28,4% do total, por um valor de aproximadamente 1,9 mil milhões de euros.

O Centro, com 9091 transações, foi a região que registou o maior incremento de peso relativo (mais 0,9 pontos percentuais), perfazendo 21,5% do total e atingindo 1,1 mil milhões de euros.

O Algarve, com 3666 transações e 8,7% do total nacional, foi a região com a redução homóloga mais expressiva no número de transações: -9,3%, em comparação com aproximadamente -5%, nas regiões Norte, Alentejo e Área Metropolitana de Lisboa. Já em termos de montantes, as transações realizadas no Algarve, no valor de mil milhões de euros, correspondem a 23,3% da quota nacional, e aumentaram quase 3% em relação ao mesmo período de 2021.

O Alentejo apresenta um número de transações relativamente próximo do do Algarve (3087), correspondente a 7,3% do total nacional, embora o valor dessas transações tenha sido bastante distinto: 353 milhões de euros, ou seja, 4,4% do total.

A Região Autónoma da Madeira representa 2,8% do total de transações, com um total de 1180 imóveis, vendidos por 229 milhões de euros. Um valor que é sensivelmente o dobro do valor registado na Região Autónoma dos Açores, onde as 743 habitações transacionadas correspondem a 108 milhões de euros.

No terceiro trimestre de 2022, a Região Autónoma da Madeira, a Região Autónoma dos Açores e o Centro foram as únicas regiões a apresentar um crescimento homólogo do número de transações.

Região Autónoma da Madeira com maior subida nos montantes transacionados

Entre julho e setembro de 2022, o valor das habitações transacionadas, em Portugal, aumentou 9,6% face a idêntico período de 2021. Neste período, observaram-se taxas de variação acima da média nacional na Região Autónoma da Madeira (60,3%), na Região Autónoma dos Açores (26,5%), no Alentejo (10,4%), na Área Metropolitana de Lisboa (10,3%) e no Centro (10%). Algarve e Norte foram as regiões com os aumentos homólogos menos expressivos do valor das transações, registando taxas de variação de 3,1%, e 6,7%, respetivamente.